Vítimas da Violência Doméstica
Agressão contra mulheres cresce e mesmo com a “Lei Maria da Penha“ agressores continuam soltos.
Por Alba Alves
Imagem Internet |
Mães, filhas, irmãs, esposas, constantemente mulheres, sem distinção de classe social, cor ou preferências, são agredidas. Os números são assustadores, mulheres jovens entre 25 e 50 anos são as maiores vítimas da violência doméstica. Segundo a Secretária Especial de Política para as Mulheres 57% das delas apanham diariamente. De acordo com a Lei Maria da Penha é considerada violência doméstica qualquer ação que cause
morte, lesão, abusos sexuais e psicológicos. Além dos danos físicos que elas sofrem, ainda existe a vergonha de se mostrar à sociedade. As vítimas acabam se transformando em cúmplices, por não realizarem a denúncia, adoecem dentro de casa, sem contar nem mesmo aos parentes.
O 180 - central de atendimento a mulher - atende 23 mil ligações, denunciando abusos contra mulheres, somente no estado de Minas Gerais.
Geralmente os agentes são pessoas próximas maridos, namorados, pai, irmão e tem como principal causa o álcool, as drogas e o ciúmes.
Segundo Patrícia Moura, advogada do Bem Vinda, centro de apoio as vitimas de agressão, a dependência financeira e o vínculo afetivo com o agressor é o que impede, muitas vezes, a denúncia. Lá as mães que resolvem dar um fim ao sofrimento, recebem atendimento jurídico e psicológico. São feitos atendimentos e caso hajam ameaças de morte, as mães são levadas para casas de apoio escondidas, para que o agressor não localize as vitimas. “Se o filho for menor pode acompanhar a mãe, e ficar na casa, até 18 anos completos”, conta a advogada.
Os frutos do relacionamento conturbado acabam sofrendo junto com as mães. A secretária especial revelou que os filhos acabam se transformando em vitimas, 16% deles são agredidos e 68% já presenciaram brigas entre os pais.
Mesmo com a criação da Lei Maria da Penha, em 2006, que agrava as penas para o agressor e facilita os procedimentos contra a violência, houve um considerável aumento no número de mulheres agredidas entre os anos de 2007, 2008 e 2009. De acordo com a Polícia Civil de Minas, em 2009, foram mais de 15 mil casos o que preocupa especialistas, psicólogos e entidades que cuidam destas mulheres. Em pesquisa divulgada pelo IBOPE somente 44% dos brasileiros acreditam na eficácia da Lei Maria da Penha
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